sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Era de Aquarius-Leo
Euclydes L. de Almeida


Existem certas premissas que devem ser observadas por aqueles que, de uma forma ou de outra, desejam se dedicar ao estudo do Sistema Thelemico de consecução espiritual.
Em primeiro lugar se nos apresenta a questão das Eras ou Aeons pelos quais a humanidade evolue em sua trajetória evolutiva.
O que é Aeon ou Eon?
Sob o ponto de vista Thelêmico Aeon ou Eon define-se como um período de tempo aproximadamente de 2600 anos. Durante este tempo a humanidade é dirigida por determinadas energias mágikas e absorve novos conhecimentos, evoluindo em seus conceitos religiosos, políticos e sociais.
Aeon pode ser entendido como uma Era em que a humanidade adquire estes novos conhecimentos e experiências. É dito que a Nova Era, de Aquarius-Leo iniciou-se em 1904, quando a Terra foi, ocultamente, regenerada pelo Fôgo. Disto dizermos que as crianças nascidas após esta data trazem no Inconsciente o sêlo das energias e tendências espirituais da Nova Era. Esta Era de Aquarius-Leo é tambem definida como o Aeon de Horus, que sucede ao Aeon de Osiris, que se desenvolveu durante a Era de Vigo Pisces, quando as macerações e o masoquismo psico-fisológico foram o defeito necessário de todos os sistemas religiosos surgidos durante aquela Era. A fórmula mágika deste período foi aquela do Deus Sacrificado, Osiris, Hiran, “Jesús”. Foi uma Era determinada pelo princípio paternal. Este Aeon de Osiris, reafirmamos, caracterizava-se pelo auto-sacrifício e submissão ao “Deus-Pai” (todo poderoso) – Jehovah, Zeus, etc.
Não existe, entretanto, um momento perfeitamente definido ou precisamente determinado que poderíamos dizer: deste momento em diante termina a Era de Virgo/Pisces, e começa a Era de Aquárius/Leo, com suas características fundmentais. Existe um “overlap”, uma sobreposição entre os dois; por isto sabemos existir tendências pertinentes ao Aeon de Isis ainda vigorando em certas sociedades (e em pleno Aeon de Osíris), tais como, por exemplo “religiões” fundamentadas na “adoração” da Deusa Mãe, onde vigorava o matriarcado e a noção de “partenogênesis”. O Aeon de Isis era maternal, onde a o aspecto feminino da Divindade imperava. Neste Aeon as sociedades estabelcidas ignoravam as leis de causa e efeito do sexo e do nascimento – eles não conseguiam ligar uma coisa a outra.
Com o advento da Era de Virgo/Pisces (Aeon de Osiris) o domínio passou ao princípio paternal e a Fórmula Mágica era a do Deus Sacrificado, e sua vitória estava baseada na ressurreição. Nesta época acreditava-se que o Sol morria e renascia todos os dias, e todo ano (“The Heart of the Master”). Esta foi a Era, ou Aeon, do sofrimento e da morte: aí estão contidas todas as religiões e crenças místicas adorando a morte, glorificando o sofrimento, deificando cadáveres e abominando o sexo.
Percebemos a influência deste Aeon quando vemos a adoração da “Virgem Maria” (uma mulher que pariu sem dores, sem o saudável contato sexual: uma mulher sem seios e que não menstruava, isto é um aborto da natureza. O influência de Pisces é notada no primitivo símbolo do Cristianismo, qu era um Peixe estilizado. Isto deriva-se da palavra grega ICHTHYS (Peixe), isto é: I(Jesus)Ch(Cristos)Th(Theos)Y(Ios)S(Soter) – Jesus Christo,Filho de Deus, Salvador. Mas a Igreja só mais tarde veio a perceber que o símbolo estilizado de Pisces era uma “Vesica Pisces”, isto é, um símbolo da vagina, que encontramos no lamen da O.T.O. e em algumas antigas igrejas. Os Gnósticos (em todas suas correntes) tinham o conhecimento de todas estas coisas, e, consequentemente foram perseguidos e parcialmente dizimados pela corrente da Grande Feitiçaria.
A Palavra INRI foi a Fórmula de Dionisios. Mas esta Palavra dispersou-se em muitas regiões da Terra, e nela está contida o Secreto IAO. O significado da Palavra é o “Caminho de Trabalho da Natureza em suas Mudanças. Por esta Palavra foi lançada a Fundação de toda Ciência, como nós, hoje em dia, entendemos Ciência em um senso particular, isto é, o ato de causar na natureza externa mudança em Harmonia com nossa Vontade.
Precessão dos Equinócios:
Não sendo um “expert” no assunto, transcrevo aqui parte do texto encontrado em : “Wikipédia”(http://pt.wikipedia.org/wiki/Era_de_Aquarius)
A Terra, em adição ao movimento de rotação em volta de seu eixo, tem um movimento de precessão envolvendo uma lenta e periódica mudança do seu próprio eixo. Este movimento dá origem à precessão dos equinócios na qual a posição do Sol na eclíptica na altura dos equinócios, medida em função de um fundo de estrelas fixas, muda gradualmente com o tempo (o Sol parece cruzar o equador no equinócio vernal, ou início da primavera, cada ano um pouco antes do ponto no qual cruzou o equador no ano anterior).
Em astrologia a Era Solar é definida pela constelação na qual o Sol aparece durante o equinócio vernal. Como cada signo do zodíaco tem (em média) 30 graus, cada era solar dura aproximadamente 70anos/grau × 30graus = 2.100 anos. Isto significa que o Sol cruza o equador no equinócio vernal em movimento de retrocesso de ano para ano a uma média de um grau em setenta e dois anos, uma constelação em cerca de 2156 anos e os doze signos em cerca de 25 868 anos (designado Grande Ano Sideral).
Esta é um divisão intelectual do círculo do zodíaco que coincide com as constelações no céu apenas um vez em cada 25 868 anos.
A última vez que este ponto de partida no zodíaco intelectual coincidiu com a constelação zodiacal foi em 498 d.C. Um ano depois destes pontos de ambos os zodíacos estarem concêntricos, o Sol cruzou o equador a cerca de cinquenta segundos de espaço para a constelação Pisces. No ano seguinte estava a um minuto e quarenta segundos em Pisces, e desde então tem vido a retroceder até que na actualidade o Sol cruza o equador a cerca de nove graus na constelação Pisces. Será pois apenas daqui por cerca de 600 anos que cruzará o equador celestial na constelação Aquarius.
Em termos simples, significa que a actual Era de Pisces inciou-se cerca de 500 d.C., dado que foi a última vez que, astronomicamente, o equinócio vernal ocorreu no primeiro ponto da constelação Aries, deixando-a e entrando na constelação de Pisces (altura em que os zodíacos intelectual e natural concordaram). Hoje em dia, o equinócio vernal ocorre, astronomicamente, a cerca de nove graus da constelação Pisces e será apenas por volta de 2600 d.C. que realmente finalizará o movimento em retrocesso por Pisces e entrará na constelação de Aquarius.
Aos mais interessados indicamos abaixo alguns livros interessantes que, espero, esclarecerão melhor o assunto do que meu pequeno texto:
“A Era de Aquário” – Anibal Vaz de Melo
“O Evangelho à Luz da Astrologia” – Anibal Vaz de Melo
Ao autor acima fazemos algumas restrições sob o ponto de vista Thelêmico.
“Liber Aleph” – A. Crowley
“The Heart of the Master” – A Crowley
“Chamando os Filhos do Sol” – Marcelo Ramos Motta
“A Magia de Aleister Crowley” – Lon Milo DuQuet